Deméter é, na mitologia grega, a deusa das colheitas e da agricultura. Ela é filha de Cronos e Reia, irmã de Zeus.
Deméter foi uma deusa muito importante para os agricultores, pois a mitologia associava-a à fertilidade do solo e sucesso das plantações. Assim, cultuavam a deusa na esperança de anos cheios de colheita.
Por estar relacionada ao desenvolvimento da terra e à vida possibilitada pelas colheitas, Deméter é também denominada de deusa da prosperidade.

Deméter significa “mãe terra”
A relação da deusa com a agricultura e as colheitas é tanta que o seu próprio nome é associado à terra. Dessa forma, “de” significa geologia, geografia ou terra, enquanto “méter” quer dizer mãe.
Na mitologia romana, Deméter é equiparada à Ceres, a deusa dos cereais, filha de Saturno e Cibele.
A espiga de milho é um dos símbolos da deusa
O trigo era um dos cereais mais sagrados para a deusa. Por essa razão, um dos símbolos mais famosos em que ela é retratada é a espiga de milho.

Outros símbolos dela são: uma foice, um objeto utilizado na agricultura. Uma tocha, objeto utilizado por ela para buscar sua filha Perséfone quanto esta foi raptada por Hades. Uma cornucópia, que é uma cesta em forma de chifre, onde eram colocados os vegetais da colheita, assim como frutas e flores.
Perséfone e os outros filhos de Deméter
Estes eram os principais filhos da deusa:
Perséfone: a deusa da primavera e rainha do submundo. Filha de Deméter e Zeus. A filha predileta de Deméter.
Pluto: deus da abundância, da riqueza e da generosidade. Ficou cego por culpa de Zeus, que não aceitava que Pluto só dava riquezas para pessoas boas.
Aríon: cavalo negro, fruto de uma violação de Poseidon. Era um cavalo mágico, que conseguia falar.
Despina: a deusa do inverno, famosa por trazer nevascas e geadas. Também fruto de uma violação de Poseidon.
O mito das estações do ano e o rapto de Perséfone

Como conta a mitologia grega, Perséfone foi raptada por Hades, o deus do submundo. Deméter, sem saber do ocorrido, passou a buscar incansavelmente sua filha.
Deprimida, por não saber onde estava Perséfone, Deméter deixou de cuidar das suas funções de manter a terra fértil, gerando um período terrível sem colheitas.
Após ela encontrar a filha no submundo, descobriu que Perséfone havia comido uma romã dada por Hades, o que impedia que a mãe pudesse levar a filha embora, conforme as regras do submundo.
Hades e Deméter chegaram a um acordo: metade do ano, Perséfone ficaria com Hades e, na outra metade, com Deméter. Segundo outras versões, 2/3 do ano com Deméter e 1/3 do ano com Hades.
No tempo em que Perséfone passou a ficar com a mãe, tornou-se tempo de flores e ótimas colheitas. Era primavera e verão. Quando Perséfone ficava com Hades, Deméter ficava triste e a terra tornou-se infértil. Era outono e inverno.
Esse mito seria a forma com que os gregos explicavam as estações do ano. Por essa razão, Deméter ficou conhecida como a "mãe das estações".

O mito de Erisictão
Conforme a mitologia grega, Erisictão era um rei da Tessália que não respeitava os deuses e decidiu derrubar uma floresta que era sagrada para a deusa. Entretanto, Deméter colocou um fim nos planos dele.
Por meio de seus poderes e com a ajuda de Éton, a Fome, ela provocou em Erisictão um desejo constante e insaciável de comer. Ele ficou com uma fome sem fim que o arruinou. Primeiro, gastou e vendeu todos os bens que tinha. Depois, sem saída para terminar com sua fome, acabou por comer a si próprio.
Um festival só para mulheres em homenagem a Deméter
Chamado de Thesmophoria, esse festival ocorria por volta de outubro e era realizado apenas por mulheres.
Entre alguns dos acontecimentos da festa, havia o pedido por boas colheitas, uma celebração da fertilidade e uma recapitulação do episódio angustiante em que Deméter ficou sem a filha, após ela ser raptada por Hades.
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