O que é um furacão, como se forma e por que não ocorre no Brasil?


O furacão é um fenômeno natural que se origina nos oceanos tropicais ou subtropicais. Para a sua ocorrência, é necessário haver uma pressão atmosférica mais baixa do que o normal.

Apesar de não ser impossível acontecer um furacão no Brasil, é muito difícil, pois a região em que se localiza o país não costuma reunir as condições mínimas para que haja esse fenômeno.

O que é um furacão?

O furacão é definido como um ciclone tropical. Ele se caracteriza por ocorrer em situações de calor e baixa pressão atmosférica.

Habitualmente, acontece no verão, por haver a necessidade de altas temperaturas no mar.

Como se forma um furacão?

Para a formação de um furacão, é necessária a presença de algumas condições climáticas especificas em etapas:

  1. A temperatura da água do mar precisa ser de, no mínimo, 27º. Assim, essa água quente será um combustível para o surgimento do furacão;
  2. Com a evaporação dessas águas quentes, nuvens pesadas surgem logo acima;
  3. Nesse processo, correntes ascendentes de ventos passam, aos poucos, a se fortalecer;
  4. Com bastante umidade, as nuvens unem-se num sistema de baixa pressão atmosférica, passando a girar com fortes ventos. É o início do furacão.
  5. No meio desse círculo de ventos, há o olho do furacão, uma parte tranquila, sem ventos.

Uma curiosidade é o fato de o olho do furacão ser considerado uma área segura dentro do furacão. O risco para quem está esperando a passagem de um furacão é que, muitas vezes, há a ventania, depois ocorre a calmaria (olho do furacão) e depois volta a ventania. Isto é muito perigoso, porque pode enganar as pessoas, pensando que o pior já passou!

Outra curiosidade do olho é que ele somente é seguro na terra! Dentro do oceano, o olho do furacão é uma área de ondas gigantes. É... o melhor mesmo é ficar bem distante dos furacões.

Olho do furacão
Seta indicando o olho do furacão

Devido às condições climáticas referidas, os furacões não ocorrem em qualquer lugar do planeta. Para a sua ocorrência, precisa ser uma zona de águas quentes e de correntes de ventos favoráveis para essa formação.

Importante afirmar que, quando a velocidade dos ventos for baixa, a classificação do fenômeno será apenas de depressão tropical. Para ser considerado um furacão, precisa atingir a velocidade de 119 km/h.

Embora o furacão se forme dentro do mar, ele pode logo atingir a terra, pois se locomove e, por vezes, aumenta de intensidade. O furacão pode ter diferentes categorias, que servem de alerta para as pessoas saberem até que ponto devem se preocupar com a chegada do ciclone, são elas:

  • Categoria 1: 119 km/h - 153 km/h, pode ser comparado com uma forte tempestade que causa danos leves em propriedades e nas cidades em geral.
  • Categoria 2: 154 km/h - 177 km/h, pode já causar grande destruição em casas, árvores e na eletricidade.
  • Categoria 3: 178 km/h - 210 km/h, um estado já alarmante, em que é necessário fechar estradas, pois carros podem ser destruídos e árvores podem voar. Capaz de arrancar telhados das casas.
  • Categoria 4: 211 km/h - 249 km/h, pode causar grande destruição, principalmente nas zonas próximas à costa. É necessário haver evacuação dessas áreas. As ondas podem chegar a 5,5 metros.
  • Categoria 5: Acima de 249 km/h, uma verdadeira catástrofe. A evacuação das regiões é obrigatória.

Por que no Brasil não tem furacão?

Como vimos, há algumas condições climáticas que precisam existir para que um furacão ocorra. Assim, em primeiro lugar, as águas do mar brasileiro não costumam superar os 26º, o que já afasta a formação desse fenômeno natural.

Além disso, o furacão é mais comum em regiões que tem mudanças nas correntes de ventos, tanto na velocidade quanto na direção, o que não é o caso da costa brasileira. Essa mudança nas correntes é mais comum no hemisfério norte.

Apesar disso, não podemos dizer que é impossível acontecerem furacões no Brasil, pois uma mudança no clima poderia permitir a sua ocorrência. No passado, o que mais se aproximou de um foi o ciclone Catarina, ocorrido em 2004, em Santa Catarina.

Imagem por satélite do ciclone Catarina
Imagem por satélite do ciclone Catarina

Quais foram os maiores furacões da história?

Os cinco maiores furacões da história foram:

  • 1º Furacão São Calisto II: ocorreu em 1780, atingindo Porto Rico, República Dominicana, Pequenas Antilhas, Bermuda e Flórida. Com ventos de mais de 320 km/h, deixou 22 mil mortos.
  • 2º Furacão Mitch: ocorreu em 1998 na América Central. Com ventos de 290 km/h, deixou mais de 18 mil mortos.
  • 3º Furacão Galveston: ocorreu nos Estados Unidos em 1900. Com ventos de 218 km/h, deixou mais de 6 mil pessoas mortas.
  • 4º Furacão Katrina: ocorreu nos Estados Unidos em 2005. Com ventos de 280 km/h, deixou 1.833 mortos.
  • 5º Furacão do Dia do Trabalhador: ocorreu na Flórida, em 1935. Com ventos de 295 km/h, deixou 408 vítimas.

Veja um vídeo do que foi o Furacão Katrina:

E agora, como saber que um furacão está próximo de acontecer? Atualmente, isto é fácil de prever, por meio de satélites que logo identificam o começo dessa formação. Ainda bem!

Qual a diferença entre ciclones, tornados, furacões e tufões?

Vamos lá, você ja deve ter notado que, ao longo do texto, chamamos furacão de ciclone. Isso se justifica pelo fato de que o ciclone é um grupo grande, que abrange tanto furacões quanto tufões. E agora, o que é tufão? Tufão é o mesmo que furacão, a diferença é que furacões ocorrem no oceano Atlântico e tufões no oceano Pacífico.

Furacão
Furacão

E o tornado? Bom, o tornado também é uma formação de fortes ventos giratórios, mas tem a diferença de ser muito menor que os ciclones, podendo ser observado visualmente. Apesar dessa característica, a sua velocidade é imensa, tendo cerca de 500 km/h. Desse modo, por onde passar, causará destruição, mas será em menos regiões, por ser menor.

Imafem de tornado
Tornado

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