Megalodon: tudo o que você precisa saber sobre o maior tubarão do mundo!


O megalodon ou megalodonte (o Carcharodon megalodon) foi uma espécie gigante de tubarão pré-histórico que viveu entre o Mioceno, há cerca de 23 milhões de anos, e o Plioceno, há mais ou menos 2,6 milhões de anos. A espécie humana, surgida há aproximadamente 200 mil anos, estava longe de dar as caras quando o gigantesco megalodon era o rei dos mares.

O nome megalodon tem origem nas palavras gregas megás, que significa grande, e odon, que significa "dente". Portanto, ao pé da letra, megalodon nada mais é do que "dente grande". E, de fato, seus dentes podiam chegar a mais de 17 centímetros de comprimento. Com um dente desse tamanho, não admira que ele tenha sido o maior predador marinho que já existiu.

O tamanho do bicho

E quando falamos em gigantesco, não estamos de brincadeira: o bicho podia chegar a assustadores 18 metros de comprimento, deixando o tubarão branco no chinelo!

Já imaginou estar tomando um banho de mar e dar de frente com esse monstro?

Megalodon
O megalodon comparado com as feras marinhas da atualidade.

A imagem acima ilustra bem o que estamos querendo dizer. O tubarão que aparece na cor roxa, o Rhincodon typus, é o tubarão-baleia, o maior peixe do mundo. Ele pode chegar a 15 metros de comprimento. Já o Carcharodon carcharius, o temido tubarão-branco, pode medir entre 3,5 e 7 metros. Nada que se compare aos 18 metros do maior tubarão de todos os tempos!

Afinal: o megalodon ainda existe?

O filme Megatubarão, lançado em 2018, deixou a galera de cabelo em pé. Será que as profundezas oceânicas abrigam seres que pensamos estar extintos? Será que o megalodon, que os cientistas julgam ter desaparecido há mais de 2 milhões de anos, vive escondido do ser humano em zonas abissais do vasto oceano?

A resposta é não. O megalodon é uma espécie extinta, tal como o T-Rex e o tigre da Tasmânia. E tudo o que sabemos sobre ele depende de estudos minuciosos feitos através de fósseis de indivíduos da espécie ou de peixes que foram mordidos por esse enorme predador.

Dente de megalodon
Dente de megalodon ao lado de dois dentes de tubarão-branco.

Como o maior tubarão do mundo foi extinto?

Cientistas concordam que o que provocou a extinção do megalodon há 2,6 milhões de anos foi a escassez de comida. Em outras palavras: os antigos gigantes dos mares morreram de fome.

Pesquisadores chegaram a essa conclusão identificando quem eram as suas presas preferidas. Para isso, analisaram fósseis de pequenas espécies de baleias e pinípedes (mamíferos aquáticos da família das focas e leões-marinhos) que haviam sido mordidos e provavelmente devorados por esses gigantescos predadores marinhos. Só sobraram alguns ossinhos para contar a história...

As presas dos megalodons eram preferencialmente as baleias de pequeno porte ou anãs (como a extinta Piscobalaena nana), e o desaparecimento total dos megatubarões está associado ao desaparecimento de sua presa predileta.

Quem faz essa afirmação é o pesquisador da Universidade de Pisa, Alberto Collareta. Para ele, isso explicaria a extinção repentina desse enorme predador após milhões de anos de supremacia nos mares.

Mas o que teria provocado a extinção das baleias anãs? O resfriamento dos oceanos. Essa mudança alterou a vida nas águas costeiras, onde viviam as baleias anãs, e favoreceu o desenvolvimento de baleias maiores, como a conhecida jubarte. Por mais que os megalodons fossem enormes e tivessem uma mandíbula poderosa, uma jubarte de 30 toneladas e 16 metros de comprimento era grande demais para ele.

Megalodon
Reconstrução de um megalodon e sua arcada em escala real. Museo de la Evolución de Puebla, no México.

O megalodon frequentava águas brasileiras?

Um dado curioso sobre o megatubarão é que ele não frequentava a nossa costa. De acordo com Catalina Pimiento, PhD em biociências pela Swansea University, no Reino Unido, a distribuição do megalodon era global. Ocorrências fósseis foram encontradas nos oceanos Atlântico, Pacífico e Índico.

As costas europeias, americanas e asiáticas eram frequentadas por ele, e até nos mares argentinos foram encontrados vestígios da passagem do megatubarão. Um dos poucos lugares do mundo onde não foi encontrado nenhum indício do extinto megalodon foi o Brasil.

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