11 curiosidades sobre terremotos que irão sacudir sua mente


Os terremotos são uma das forças mais destrutivas da natureza, capazes de causar danos incompreensíveis em um curto período de tempo.

Também conhecidos como abalos sísmicos, essas vibrações que percorrem a crosta terrestre podem ser causados por uma variedade de coisas, como impactos de meteoros, erupções vulcânicas, e principalmente, pelo movimento das placas tectônicas.

E eles ocorrem de forma muito mais frequente do que pensamos! Podemos dizer que uma vez a cada 30 segundos, em algum lugar do mundo, o chão treme.

Veja agora algumas curiosidades sobre esse fenômeno e como eles afetam tanto a vida na Terra quanto o próprio planeta.

1. A principal causa: as placas tectônicas

Placas tectônicas
A maioria dos terremotos são causados pelo movimento de placas tectônicas

Na mitologia japonesa, acredita-se que um bagre gigante chamado Namazu seja o responsável pelos terremotos. Enquanto isso, os antigos gregos pensavam que os terremotos eram causados por ventos que saíam de cavernas dentro da Terra.

Agora sabemos que a principal causa dos terremotos é o movimento das placas tectônicas da Terra. Existem 55 placas tectônicas reconhecidas, sendo 15 principais e 40 menores. Quando estas placas se separam e colidem, causam vibrações sob o solo, chamadas de terremotos.

Por causa disso, as áreas que ficam em cima das divisas entre as placas são as mais afetadas. Porém, para além do movimento das placas, os terremotos também podem ser causados por desabamento ou por vulcanismo.

2. O maior terremoto da história

Valdívia após o terremoto
Valdívia após o terremoto

O maior terremoto do mundo já registrado ocorreu em 22 de maio de 1960 perto de Valdívia, no sul do Chile. Foi atribuído uma magnitude de 9,5 pelo Serviço Geológico dos Estados Unidos, que o considera o "maior terremoto do século XX".

O terremoto durou aproximadamente 10 minutos, e foram registradas ondas sísmicas que viajaram por todo o mundo, sacudindo o planeta durante dias.

No entanto, a maioria dos danos e mortes foi causada por uma série de tsunamis que foram gerados pelo terremoto. Essas ondas varreram as áreas costeiras momentos após o terremoto, destruindo prédios e afogando pessoas.

Esse abalo sísmico é referido como o "Grande Terremoto Chileno" e o "Terremoto Valdívia de 1960".

3. Quantos terremotos temos por ano?

Terremoto em San Francisco em 1906
Terremoto em San Francisco em 1906

Há cerca de 500.000 terremotos por ano em todo o mundo. Destes, apenas cerca de 100.000 podem ser sentidos, e cerca de 100 possuem uma magnitude de 6 ou superior, que são os que podem causar danos ou mortes.

A cada ano, apenas a área do sul da Califórnia experimenta cerca de 10.000 terremotos, mas a maioria deles não é sentido pelas pessoas.

4. A Falha de San Andreas: uma das áreas mais instáveis da Terra

Falha de San Andreas

A Falha de San Andreas é uma falha geológica que se estende por cerca de 1290 km através da Califórnia, marcando o limite entre as duas maiores placas tectônicas da Terra: a do Pacífico e a Norte-Americana.

O atrito entre essas placas torna essa região uma das mais instáveis do planeta, gerando muitos terremotos e movendo as cidades ao redor.

Essencialmente, São Francisco está se movendo em direção a Los Angeles a uma taxa de cerca de 5 centímetros por ano. Em 15 milhões de anos, as duas cidades poderiam se encontrar, e em 85 milhões de anos, Los Angeles poderia estar ao lado do Alasca.

5. Também ocorrem terremotos de gelo ou na lua

terremotos de gelo

Terremotos podem acontecer em qualquer lugar, até mesmo na lua! Mas os “lunamotos” são tipicamente menos intensos do que terremotos. Isso porque eles são causados por mudanças drásticas na temperatura da superfície da lua, e não por movimentos das placas tectônicas.

Outro tipo de terremoto que existe são os terremotos de gelo na Antártida, que ocorrem dentro do gelo e não na terra que há abaixo. Algumas vezes esses terremotos acontecem devido à terremotos que ocorrem do outro lado do mundo.

6. Shaanxi: o terremoto mais mortal

Em 1556, um terremoto na província de Shaanxi, na China, matou cerca de 830.000 pessoas. Ainda é o terremoto mais mortal já registrado, e teve uma magnitude de cerca de 8.

Os danos se estenderam até cerca de 270 quilômetros a nordeste do epicentro, com relatórios até Liuyang, a mais de 800 quilômetros de distância.

Os efeitos geológicos relatados com este terremoto incluíram fissuras no solo, elevação, afundamento, liquefação e deslizamentos de terra. A maioria das cidades com áreas danificadas relatou que as muralhas da cidade desmoronaram, assim como a maioria das casas.

7. O Círculo de fogo do Pacífico

Círculo de fogo do Pacífico
Círculo de fogo do Pacífico

Aproximadamente 80% de todos os terremotos ocorrem no “Círculo de Fogo do Pacífico” - a região geologicamente mais ativa da Terra.

Esta área circunda o Oceano Pacífico, tocando as costas da América do Sul e do Norte, Japão, China e Rússia. É onde a maioria dos grandes terremotos ocorrem, quando os principais limites das placas colidem.

Esta área também é propensa à erupções vulcânicas e afeta milhões de pessoas que vivem em partes do Alasca, Califórnia, Havaí e Japão.

8. O poder de um terremoto

Terremotos tem a capacidade de mover cidades e até mesmo mudar a rota da Terra!

Uma cidade no Chile moveu cerca de 3 metros em um terremoto de magnitude 8,8, que ocorreu em fevereiro de 2010. A fissura na crosta terrestre moveu a cidade de Concepción para o oeste, e acredita-se que este terremoto tenha modificado a rotação do planeta, encurtando o dia da Terra.

Terremotos em uma parte da Terra também tem a capacidade de abalar o outro lado do planeta. Sismólogos que estudaram um terremoto de 2004 que provocou tsunamis em todo o Oceano Índico descobriram que ele gerou consequências na Falha de San Andreas, na Califórnia.

Esse terremoto também foi capaz de reduzir a protuberância da Terra, tornando o planeta mais redondo.

9. Como os terremotos são medidos?

sismógrafo

Quando pensamos em terremotos, logo nos vem à cabeça a escala Escala Richter, que classificava os abalos sísmicos de 1 a 10, dependendo da sua força. Charles F. Richter desenvolveu essa escala em 1935, como um dispositivo matemático para comparar o tamanho dos terremotos.

Mas atualmente o "impacto" de um terremoto é expresso por meio da Escala de Magnitude de Momento (MMS), que é medida por um sismógrafo que interpreta as ondas sísmicas causadas por um terremoto. A escala MMS substituiu a conhecida Escala Richter na década de 1970.

Apesar desses meios, não existem formas definitivas de prever um terremoto com muita antecedência. Usando sistemas avançados de detecção, os cientistas podem alertar os moradores sobre um terremoto, mas apenas com pouco tempo de antecedência.

10. Por que alguns terremotos criam tsunamis?

Tsunami

A maioria dos terremotos ocorre ao longo das bordas das placas tectônicas. Quando essas placas estão em cima de oceanos, o fundo do mar é elevado em alguns metros, deslocando grandes quantidades de água e enviando uma série de ondas para fora do epicentro do terremoto.

Essas ondas do tsunami viajam para longe do epicentro em todas as direções. Já a altura das ondas sentidas na costa depende de vários fatores, como a distância e direção do epicentro do terremoto, a profundidade, a forma do fundo do mar e a forma da linha da costa.

Mas apenas os maiores terremotos, com magnitude maior que 7,5, são capazes de gerar um tsunami que viajará mais de 100 km.

11. Existem terremotos no Brasil?

Apesar do Brasil não estar localizado em nenhuma falha de placas tectônicas, há sim casos de terremotos por aqui.

Durante o século XX foram registrados mais de cem terremotos no país, e o maior deles ocorreu em 1955, no Mato Grosso. O terremoto chegou a 6,2 graus de magnitude na escala Richter, porém como a região era desabitada, ele não causou nenhum dano.

Por outro lado, um terremoto que ocorreu em 2007 no município de Itacarambi, em Minas Gerais, teve apenas 4.9 graus, porém deixou um morto e seis feridos.