Mitologia grega: os 20 principais mitos da Grécia Antiga


A mitologia grega é formada por um conjunto de histórias e relatos fantásticos que fizeram parte da vida diária dos povos de língua grega entre o século VIII a.C. e o século IV d.C. Essas histórias explicam, entre outras coisas, a origem da vida, dos deuses e dos homens e servem de base para as crenças dos gregos na Antiguidade.

1. O mito grego de criação do mundo

Eros deus grego
Para os gregos, no início havia o amor. Eros, de Joseph Paelinck (1781-1839).

Toda mitologia explica como nasceu o mundo. Na mitologia grega não é diferente. O que deu início a tudo que conhecemos? Qual o princípio do universo?

Para os gregos, no início de tudo só havia trevas, habitadas por duas entidades primordiais: Érebo, a personificação da escuridão, e Nyx, a própria noite. No meio do vazio original, só existiam essas duas entidades irmãs, filhas do Caos. E teria continuado assim não fosse a sua separação, que resulta na divisão entre a Terra (Gaia) e o Céu (Urano).

Quando Nyx e Érebo se separam, também nasce Eros, o deus do amor. Segundo o historiador Pierre Grimal, é o amor que "assegura a coesão do universo nascente". No princípio da existência, para os gregos, havia o amor. Bonito, né?

2. O nascimento dos 12 Titãs

Na continuação dessa lenda, conhecemos como nasceram os Titãs, as divindades poderosas que precederam os deuses do Olimpo. Portanto, antes de Apolo, Atena e companhia, da união entre Gaia e Urano surgiram 12 criaturas elementares: Têmis, Febe, Tétis, Mnemosina, Teia e Reia (do lado feminino) e Crio, Hiperião, Jápeto, Ceos, Oceano e Cronos (do lado masculino).

Também surgiram do enlace da Terra com o Céu criaturas monstruosas como os Ciclopes (que personificam o relâmpago) e os gigantescos Hecatônquiros.

3. O mito de Cronos, o deus que devorava seus filhos

Urano não gostava de seus filhos e não queria que eles saíssem da Terra. Isso provocou a ira de Gaia, que convocou seus filhos a se rebelarem contra o pai. Só Cronos atendeu ao chamado.

Munido de uma foice dada por Gaia, na primeira oportunidade Cronos perfurou Urano nos testículos, de onde jorrou sangue que fecundou a Terra. Assim nasceram os Gigantes, as Erínias (entidades punitivas) e as ninfas Melíades. Algumas gotas de sangue caíram no mar, dando origem a Afrodite, deusa do amor e da beleza.

Cronos
Cronos e seu Filho, de Giovanni Francesco Romanelli (1610-1662).

Mas Cronos não cumpriu com sua palavra. Ele não libertou seus irmãos das profundezas da Terra (Tártaro) e passou a reinar sozinho. Devido a uma profecia de Gaia, que dizia que o reino de Cronos terminaria pelas mãos de um de seus filhos, sabe o que ele decidiu fazer? Comer todos eles. Sempre que a esposa de Cronos (Reia) dava à luz algum filho, o pai ia lá e devorava o recém-nascido.

Mas não deu certo com o caçula, Zeus. Com ajuda de Gaia, Reia conseguiu enganar Cronos e proteger o filho da fúria insana do pai, escondendo-o numa caverna na ilha de Creta. Mais tarde, a profecia iria se cumprir, com Zeus assumindo definitivamente o trono.

Veja também: Quem é Gaia, a deusa da Terra nas mitologias grega e romana

4. Titanomaquia ou Guerra dos Titãs

Batalha dos Titãs
A Batalha entre os Deuses e os Titãs, de Joachim Wttewael (1566-1638).

Mas para Zeus chegar lá, teve muita confusão. A Guerra dos Titãs, que durou 10 anos, pôs frente a frente os deuses do Olimpo e os Titãs para ver quem iria controlar os céus. Zeus foi esperto e, com o uso de uma poção mágica, conseguiu fazer Cronos vomitar os filhos que havia devorado. Esses filhos, obviamente, aliaram-se a Zeus contra o pai.

Algumas guerras são decididas nos detalhes. E no caso da Titanomaquia, a estratégia vencedora foi a iniciativa de Zeus de trazer à superfície as criaturas monstruosas presas nas profundezas do Tártaro para engrossar suas fileiras. A guerra terminou com a vitória de Zeus, que se tornou o deus supremo, soberano do Olimpo. Os Titãs, por sua vez, foram encarcerados no Tártaro.

Veja também: Conheça a história de Zeus, o maior deus da mitologia grega

5. O mito de Pandora

a caixa de Pandora
A Caixa de Pandora, de Charles Edward Perugini (1839-1918).

Pandora é a primeira mulher na mitologia grega. Ela foi enviada por Zeus à Terra como um presente para os homens. Na sua ida à Terra, Pandora levou consigo uma caixa e recebeu dos deuses a advertência de jamais abri-la. Ela não sabia, mas dentro da caixa havia todos os males que podemos imaginar, como guerras, pestes e fome. Detalhe: até então, o mundo dos homens era regido pela paz.

Mas a curiosidade de Pandora falou mais alto. Passado um tempo, ela abriu a caixa, deixando escapar tudo o que havia lá dentro. Ela ainda tentou desfazer o erro, voltando a fechar a caixa, mas já era tarde. A única coisa que restou lá dentro foi a esperança.

6. O mito de Prometeu

A história de Prometeu é uma das mais famosas da mitologia grega. Prometeu é um titã de segunda geração que participou da batalha contra os deuses, vencida por Zeus. E foi este mesmo Zeus quem condenou Prometeu a um dos destinos mais terríveis que se possa imaginar. O crime? Roubar o fogo dos deuses e compartilhá-lo com os homens.

O castigo a que Zeus condenou Prometeu é horripilante. Todos os dias uma água devoraria o fígado do indefeso titã, acorrentado a uma rocha. Para piorar, o martírio se repetiria diariamente, já que o fígado se reconstituiria durante a noite, ficando novinho em folha para águia repetir o serviço no dia seguinte. Consegue imaginar um castigo pior?

Prometeu
Prometeu, de Theodoor Rombouts (1597-1637).

7. Apolo: luta contra Píton e fundação do Oráculo de Delfos

Apolo era filho bastardo de Zeus. Seu nascimento já não foi nada fácil, já que Hera, a esposa legítima do deus dos deuses, fez de tudo para atrapalhar o parto da pobre Leto, mãe de Apolo. No final das contas, acabou dando tudo certo, e Apolo, com apenas um ano de vida, teve de enfrentar um novo desafio enviado por Hera: a serpente Píton.

O encontro se deu próximo ao Monte Parnaso, quando Apolo procurava um local para instalar seu santuário. Mas Apolo era um arqueiro formidável, e bastou uma flecha certeira para derrubar o dragão. No local onde se deu a batalha foi fundado o Oráculo de Delfos, onde a sacerdotisa Pítia realizava as suas previsões.

8. Afrodite, Helena e a Guerra de Troia

O rapto de Helena Troia
O Rapto de Helena, de Juan de la Corte (1597-1660).

A relação da deusa Afrodite com a Guerra de Troia é bem curiosa. Tudo começou com um concurso, promovido durante o casamento do herói Peleu com a deusa Tétis, para saber quem era a deusa mais bonita do mundo. Concorriam Hera, Afrodite e Atena. Cada uma prometeu algum benefício ao juiz, Páris, príncipe de Troia, que acabou escolhendo o suborno oferecido por Afrodite: a mulher mais bonita do mundo.

Porém, a mulher mais bonita do mundo, a semideusa Helena, já era casada, e com ninguém menos do que Menelau, rei de Esparta. Findo o concurso, Páris foi buscar o seu "presente" - na verdade, foi sequestrar Helena. Revoltado, Menelau, junto de seu irmão Agamenon e outros aliados gregos, partiram para Troia para tentar recuperar Helena. Eis o início da guerra.

Veja também: Será que foi Afrodite a responsável pela Guerra de Troia?

9. O mito de Aquiles, o herói quase invencível

Aquiles
Tétis Mergulhando Aquiles no Rio Styx (1804), de Joachim Godske Schow.

Já que estamos falando da Guerra de Troia, vamos aproveitar para contar a história do herói Aquiles, o maior guerreiro grego de todos os tempos. Diz a lenda que, quando pequeno, sua mãe, Tétis, banhou o filho no rio Styx, que fica no submundo. Um mergulho nessas águas mágicas era o bastante para tornar alguém invencível. O problema é que nesse mergulho o calcanhar de Aquiles não se molhou, ficando desprotegido.

E não deu outra: após dominar a batalha, matando muitos guerreiros troianos, Aquiles acabou sendo atingido por uma flecha envenenada atirada por Páris, príncipe de Troia, vingando a morte de seu irmão Heitor.

Veja também: Aquiles: conheça o herói durão com calcanhar de donzela

10. Odisseu e o Ciclope Polifemo

Após a Guerra de Troia, o herói Odisseu tomou o caminho de volta a sua terra natal, Ítaca. O problema foi chegar lá... No caminho, houve uma série de contratempos, entre os quais o encontro com o monstruoso ciclope Polifemo.

Desviados de sua rota, Odisseu e seus companheiros foram parar na ilha dos ciclopes. Explorando a ilha, eles encontraram uma caverna vazia. Mal sabiam se tratar da morada do gigantesco Polifemo. Quando o ciclope apareceu, flagrou os homens de Odisseu comendo suas comidas e ficou furioso. Dois dos intrusos foram jantados pelo ciclope naquela mesma noite.

Mas Odisseu era esperto. Certa noite, ofereceu vinho ao ciclope. Já embriagado, o monstro perguntou o nome de Odisseu, que respondeu "Ninguém". Polifemo pegou no sono, e Odisseu aproveitou o momento para fincar uma estaca no seu único olho. Quando o ciclope acordou, foi buscar ajuda nas outras cavernas, gritando "Ninguém está tentando me matar!".

Ora, se "ninguém" estava tentando matar Polifemo, nada mais natural que os outros ciclopes voltassem a dormir despreocupados. E foi assim que Odisseu e seus homens conseguiu sair da ilha dos ciclopes, retomando sua rota a Ítaca.

Odisseu e Polifemo
Quando estavam indo embora da ilha, Polifemo, cego, ainda tentou acertar o barco com uma pedra. Arnold Böcklin (1827-1901)

11. O mito de Atena e Aracne

Aracne era uma jovem tecelã muito talentosa. Ela era tão talentosa que, do alto de seu orgulho, chegou a dizer que suas habilidades na arte da tecelagem eram superiores à da deusa Atena. Ela foi desafiada por Atena para uma competição de tecelagem.

A deusa Atena criou uma tapeçaria mostrando os deuses. Já a mortal Aracne teceu uma tapeçaria igualmente bela, com imagens dos deuses seduzindo mortais. Os dois trabalhos ficaram magníficos, mas a deusa declarou-se vencedora. E é claro que ela não deixou barato. A audácia de Aracne foi severamente punida: foi transformada em aranha. Eis a origem do nome aracnídeo.

12. O mito de Perséfone, rainha do submundo

Perséfone e Hades
O Destino de Perséfone, de Walter Crane (1845-1915).

Perséfone era cobiçada por Hades, deus do submundo. Certo dia, quando a bela Perséfone colhia flores, Hades raptou-a. Deméter, deusa da agricultura e mãe de Perséfone, ficou desesperada. O desespero de Deméter resultou numa seca sem precedentes. Com isso, Zeus, pai de Perséfone, enviou Hermes ao submundo para convencer Hades a soltar sua filha.

Hades topou soltar Perséfone. Mas sem antes pôr em execução um plano infalível. Ele pôs um caroço de romã na boca da jovem deusa, fazendo com que ela jamais se esquecesse do submundo. Assim, todo ano Perséfone voltava ao submundo para ficar com Hades. A outra metade do ano ela passava com seus pais no Olimpo. O mito simboliza a mudança das estações do ano e o próprio ciclo da vida.

Quem foi Hades, deus do submundo na mitologia grega

13. O mito da Medusa

Segundo o poeta Ovídio, a Medusa era uma sacerdotisa do templo de Atena. Uma das versões do mito diz que Poseidon, atraído pela beleza monumental de Medusa, violou-a. Isso infringiu a regra da castidade do templo, e Atena, em vez de dirigir sua fúria ao agressor, puniu a pobre vítima, transformando-a num terrível monstro.

Com dentes afiados e cabelos de serpente, a Medusa foi condenada à eterna solidão. Quem ousava olhar para seus olhos era transformado em pedra. Desafiado num torneio, o semideus Perseu atreveu-se a matar a fera. E para executar seu plano sem riscos, ele se guiou pelo reflexo de seu escudo, conseguindo se desviar do olhar petrificante da Medusa, que acabou decepada.

Cabeça da Medusa
Cabeça da Medusa, de Peter Paul Rubens (1577-1640).

Veja também: Conheça a história da Medusa, um dos monstros mais terríveis da mitologia grega

14. O mito do rei Midas

Midas era um rei com muitas riquezas. Mas ele queria mais. Assim, na primeira oportunidade que teve, pediu ao deus Dionísio, que lhe devia um favor, a habilidade de transformar qualquer coisa em ouro. E foi assim que Midas ganhou o poder incrível de, com apenas um toque, transformar o mais simples objeto no mais precioso dos metais.

Mas essa dádiva logo se transformou em maldição. Quando foi montar no seu cavalo, o bicho virou uma estátua de ouro. O mesmo ocorreu com suas roupas quando foi se vestir. E a comida? Ora, ninguém pode comer ouro! Sorte que o deus foi bonzinho e topou desfazer a mágica. E Midas pôde voltar a viver normalmente.

15. O mito de Narciso e Eco

Narciso
Narciso, de Caravaggio (1571-1610)

Sabe o adjetivo "narcisista"? Vem desse mito. Narciso era filho da ninfa Liríope, que consultando o oráculo descobriu que seu filho só viveria enquanto não se conhecesse. Quando cresceu, Narciso se tornou o mais belo dos rapazes. Recusou uma fila de pretendentes, inclusive a ninfa Eco, que devido a uma maldição imposta por Hera só era capaz de repetir o final das frases ditas por seu interlocutor. Desdenhada, Eco se isolou, definhou e morreu.

O jovem Narciso era tão belo, mas tão belo, que acabou se apaixonando por sua própria imagem refletida nas águas do rio. Por não poder consumar seu amor, desesperou-se. Segundo conta o poeta Ovídio, ele começou a esmurrar o próprio peito e se transformou em flor. Narciso foi punido por excesso de vaidade.

16. O mito de Sísifo

Obcecado pela ideia de enganar a morte, o rei de Corinto, Sísifo, acabou tendo o mais terrível dos destinos.

Ele chegou a enganar a morte duas vezes. Numa delas, o malandro conseguiu persuadir Hades e sua esposa Perséfone, que o deixaramm voltar à vida. Sísifo só não escapou da terceira morte. É que dessa vez quem resolveu tomar um atitude foi Zeus, que condenou Sísifo ao castigo eterno de empurrar uma enorme pedra para o topo de uma montanha localizada no submundo. O problema é que, próximo do topo, a pedra sempre rolava para baixo, e Sísifo tinha retomar a tarefa desde o início.

Sísifo
Sísifo, de Jusepe de Ribera (1591-1652)

17. O mito de Teseu e Minotauro

O Minotauro é fruto da relação entre Pasífae e um touro branco. O touro havia sido ofertado por Poseidon a Minos, rei de Creta e marido de Pasífae, com a condição de que fosse morto. Mas o touro era tão majestoso que Minos quis ficar com ele. Como punição, o deus dos mares fez com que a rainha se apaixonasse pelo touro.

A maldição de Poseidon gerou o Minotauro: uma criatura com corpo de homem e cabeça e cauda de touro. Minos contratou o arquiteto Dédalo para construir um labirinto para abrigar o monstro devorador de gente.

Teseu e Minotauro
Teseu Lutando com Minotauro, de Étienne-Jules Ramey (1796-1852). Marble, 1826. Jardins das Tulherias, em Paris.

Enquanto isso, um dos filhos de Minos foi morto por cidadãos atenienses durante os jogos. Para reparar a perda, Atenas concordou em enviar, a cada nove anos, sete rapazes e sete donzelas para serem abandonados no labirinto e servirem de refeição ao Minotauro.

O herói ateniense Teseu, que fez parte do terceiro tributo, foi a Creta determinado a acabar com essa história sangrenta. E para isso, ele contou com o auxílio da meia-irmã da besta, Ariadne. Ela deu a Teseu um novelo de lã, que ele usou para não se perder no labirinto. Conforme Teseu avançava nos corredores do labirinto, ia desenrolando o novelo. E foi assim que o herói matou o Minotauro e, seguindo o fio de Ariadne, saiu do labirinto são e salvo.

18. O mito de Ícaro

O mito de Ícaro é, na verdade, uma continuação do anterior. Quem sugeriu a tática do novelo a Ariadne foi o próprio idealizador do labirinto, Dédalo. Quando Minos descobriu a traição, mandou encarcerar no labirinto Dédalo e seu filho Ícaro.

Mas Dédalo era um inventor nato e logo encontrou uma forma de sair dali. Usando penas de pássaros e cera, ele construiu dois pares de asas. Com elas, eles poderiam voar através da alta janela de um dos corredores do labirinto e fugir da ilha de Creta. Porém, antes da fuga, o pai aconselhou o filho a não voar próximo ao Sol.

Ícaro
A Queda de Ícaro, de Jacob Peter Gowy (cerca de 1610 –após 1644 )

Dito e feito: Ícaro não ouviu os conselhos do pai e, ao se aproximar do Sol, a cera de suas asas derreteu. Ícaro caiu nas águas do mar e morreu afogado.

19. O mito de Orfeu e Eurídice

Orfeu e Eurídice formavam um casal apaixonado. Até que um dia, picada por uma cobra, a ninfa morreu. O poeta Orfeu, inconformado com a perda, passava os dias cantando o amor pela amada. Foi ao reino dos mortos com a intenção de trazer Eurídice de volta à vida.

Orfeu e Eurídice
Orfeu e Eurídice às margens do Styx, de John Roddam Spencer Stanhope (1829-1908).

Lá, tocando sua lira, Orfeu deixou os senhores do submundo, Perséfone e Hades, tão comovidos que eles concordaram em deixar Eurídice voltar. Mas com uma condição: que na viagem de volta, Orfeu não olhasse para trás em hipótese alguma.

Na subida ao mundo dos vivos, Orfeu cometeu um erro fatal: ele não resistiu e acabou olhando para o rosto da amada Eurídice, que vinha logo atrás dele. Esse descuido fez Orfeu perder Eurídice para sempre.

20. O mito de Faetonte

Faetonte vivia com uma pulga atrás da orelha: será que Hélio, a personificação do Sol, era mesmo seu pai? Para prová-lo, Hélio disse a Faetonte que lhe pedisse o que quisesse. Faetonte, então, pede algo que Hélio não estava esperando: guiar o carro do Sol, responsável por carregar o fogo no céu. Apesar da advertência do pai, Faetonte insistiu em realizar seu desejo.

Ocorre que Faetonte era um mero mortal e não sabia guiar os cavalos com firmeza. Houve um momento em que a carruagem desgovernada passou tão próximo da Terra que as chamas queimaram montanhas, florestas e cidades. Rios e lagos secaram. Foi um caos. Com o mundo em chamas, Zeus resolveu tomar uma atitude: lançou um raio fulminante em Faetonte, para a tristeza de seu pai Hélio.

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Referências

GRIMAL, Pierre. Mitologia Grega. Porto Alegre: L&PM, 2013.

VASCONCELLOS, Paulo Sérgio de. Mitos Gregos. São Paulo: Objetivo, 1998.

Acient History Enciclopedia