11 fatos sobre o nosso Sistema Solar que irão te impressionar


O Sistema Solar foi formado há aproximadamente 4,6 bilhões de anos, e sua complexidade ainda guarda muitos mistérios pra nós. Quanto mais os cientistas descobrem sobre ele, mais nos fascinamos com as características distintas dos planetas, suas luas, e fenômenos estranhos que por vezes nem a ciência consegue explicar.

Veja então 11 fatos impressionantes sobre o Sistema Solar, o nosso lar na Via Láctea.

1. Existem muitos tipos diferentes de objetos no sistema solar

Sistema solar

Além do sol e dos planetas, nosso sistema solar abriga luas, planetas anões, cometas, asteroides, gás e poeira. Em termo de números de cada um desses objetos, nosso conhecimento atual é o seguinte:

  • 1 estrela (o Sol);
  • 8 planetas (Mercúrio, Vênus, Terra, Marte, Júpiter, Saturno, Urano e Netuno);
  • 5 planetas anões (Plutão, Haumea, Ceres, Makemake e Éris);
  • 181 luas;
  • 566.000 asteroides;
  • 3.100 cometas.

Em questão de massa, o Sol compreende mais de 99,8% do Sistema Solar, com o planeta Júpiter respondendo pela maior parte da massa restante.

2. O planeta mais quente não é o que está mais próximo do Sol

Vênus
A temperatura média em Vênus é de cerca de 468 graus Celsius, já a de Mercúrio é cerca de 427º C

Mercúrio é o planeta mais próximo do Sol, e por causa disso, muitos assumem que ele possua a maior temperatura. Enquanto isso, Vênus, o segundo planeta a partir do Sol, deveria ser mais frio por estar em média 48 milhões de quilômetros mais distante do Sol do que Mercúrio. Porém a distância não é o único fator que conta.

Mercúrio não possui atmosfera, nem manta de aquecimento para ajudar a manter o calor do sol. Vênus, por outro lado, é envolta por uma atmosfera inesperadamente espessa, cerca de 100 vezes mais densa que a atmosfera da Terra.

Essa atmosfera impede que parte da energia do sol escape de volta para o espaço, elevando a temperatura geral do planeta. E além de espessa, a atmosfera é composta quase inteiramente de dióxido de carbono, um potente gás de efeito estufa. Assim, a temperatura sobe para um nível muito acima do que seria esperado, fazendo com que ele se torne o planeta mais quente.

3. Plutão possui um diâmetro menor que o Brasil

Plutão comparado com a Terra

A maior distância entre o Brasil, contada do Oiapoque ao Chuí, é de 4 174 km. Graças à nave espacial New Horizons, sabemos que Plutão tem 2.371 km de largura, pouco mais da metade da largura do Brasil.

Certamente, em tamanho, Plutão é muito menor do que qualquer outro planeta, tornando mais fácil entender o porquê da União Astronômica Internacional ter mudado seu status de planeta para planetoide.

4. Os campos de asteroides não são um perigo para as naves

Campo de asteroides

Em muitos filmes de ficção científica, as naves espaciais são ameaçadas por campos de asteroides. Mas na verdade, o único cinturão de asteroides que conhecemos está entre Marte e Júpiter, e embora existam dezenas de milhares de asteroides nele, eles são bastante espaçados e a probabilidade de se colidir com um deles é pequena.

Na realidade, as naves espaciais devem ser deliberadamente orientadas em direção aos asteroides para terem a chance de fotografar um deles.

5. Existem vulcões que expelem água ao invés de lava

Vulcão em Marte

Quando falamos de vulcões geralmente pensamos no Monte Vesúvio, no Monte Santa Helena, ou qualquer outro vulcão expelindo lava, certo? Mas na verdade, eles não necessitam necessariamente do magma ou da lava.

Um vulcão se forma quando um reservatório subterrâneo de um mineral ou gás quente e fluido entra em erupção, seja na superfície de um planeta ou de outro corpo astronômico não-estelar. E a composição exata do mineral pode variar muito.

Na Terra, a maioria dos vulcões usa lava, que contém silício, ferro, magnésio, sódio e vários minerais complexos. Mas na lua de Saturno, chamada Enceladus, na lua de Netuno, conhecida como Tritão e em outras mais, a força motriz é o gelo.

A água se expande quando congela e enormes pressões podem se acumular, assim como em um vulcão “normal” na Terra. Quando o gelo irrompe, um vulcão gelado é formado.

6. Quase tudo na Terra possui elementos raros

Planeta Terra

A composição elementar do planeta Terra é formada principalmente por ferro, oxigênio, silício, magnésio, enxofre, níquel, cálcio, sódio e alumínio. Embora tais elementos tenham sido detectados em locais por todo o universo, eles existem em quantidades bem pequenas, se comparados com a abundância de hidrogênio e hélio.

Sendo assim, a Terra é composta em sua maior parte por elementos raros.

7. Existem rochas de Marte na Terra

Pedras em Marte

Análises químicas de meteoritos encontrados na Antártida, no deserto do Saara e em outros lugares mostram que eles são originários de Marte, contendo composições quimicamente idênticas à atmosfera marciana.

Estes meteoritos podem ter sido expelidos de Marte devido a um impacto de meteoros ou de asteroides no planeta, ou por uma enorme erupção vulcânica, colidindo mais tarde com a Terra.

8. Mesmo corpos muito pequenos podem ter luas

Ida e Dactyl
Asteroide Ida e sua lua, Dactyl

Antigamente se pensava que apenas objetos tão grandes quanto planetas poderiam ter satélites ou luas naturais.

De fato, a existência de luas, ou a capacidade de um planeta de controlar gravitacionalmente uma lua em órbita, era usada como parte da definição do que um planeta realmente é. Além disso, os cientistas não acreditam que corpos celestes menores tivessem gravidade suficiente para segurar uma lua.

Porém, em 1993, a sonda Galileo passou pelo asteroide Ida, de 32 km de largura, e descobriu sua lua de 1,6 km de largura, a Dactyl. Desde então, mais luas foram descobertas orbitando outros corpos menores em nosso sistema solar.

9. Não estamos nem perto do centro da galáxia

Centro do Universo

Podemos medir grandes distâncias em todo o universo, observando objetos conhecidos como “velas padrão”, um tipo de explosão de estrelas que tendem a ter a mesma luminosidade, facilitando a previsão de quão longe elas estão de nós.

Mas olhando para a nossa vizinhança, descobrimos que não estamos nem perto do centro da nossa galáxia, a Via Láctea. Segundo a NASA, estamos a cerca de 265 quatrilhões de km do buraco negro supermassivo central (o que é uma boa notícia para nós).

10. O sistema solar não termina em Plutão

Sistema

Hoje, nem sequer consideramos Plutão um planeta, mas muitos ainda tem a impressão de que o sistema solar terminaria nele. Porém, a ciência já descobriu numerosos objetos orbitando o sol que estão consideravelmente mais distantes do que Plutão, como os do Cinturão de Kuipe e da Nuvem de Oort.

Em 2012, cerca de 35 anos depois de deixar a Terra em uma viagem só de ida para fora do Sistema Solar, a Voyager 1 passou pela área onde o ambiente gasoso do Sol termina e dá lugar às estrelas, no espaço interestelar, em uma distância de 17 bilhões de quilômetros da Terra.

Ao longo do século XX, os cientistas criaram a hipótese de que o tamanho do Sistema Solar se estende por quase 2 anos-luz, isto é, 125.000 vezes a distância do Sol à Terra.

11. Nós vivemos dentro do sol

Mapa solar

Normalmente pensamos no sol como sendo aquela grande bola de luz a 150 milhões de quilômetros de distância. Mas, na verdade, a atmosfera externa do sol se estende muito além de sua superfície visível.

Nosso planeta orbita nessa atmosfera tênue, e vemos evidências disso quando rajadas de vento solar chegam nos polos do nosso planeta. Nesse sentido, definitivamente vivemos dentro do sol.

Mas a atmosfera solar não termina na Terra, e rajadas solares já foram observadas em Júpiter, Saturno, Urano e até mesmo no distante Netuno. De fato, acredita-se que a atmosfera solar externa, chamada de heliosfera, se estenda por pelo menos 16 bilhões de quilômetros.